domingo, 22 de novembro de 2015

cactinea

O pensamento dos instintos
  Nietzsche é peremptório: “A consciência é a última fase da evolução do sistema
orgânico, por consequência também é aquilo que há de menos acabado e de menos for-
te neste sistema” (Nietzsche, 1996, p. 47). Não se trata, em Nietzsche, parece-nos, de
falar daquilo a que Eliade chama “mito da perfeição do princípio” (Eliade, 1981, p. 129);
não é melhor porque apareceu primeiro, não é pior porque apareceu depois. Trata-se,
sim, de uma questão de tempo para, de possibilidade de amadurecimento. Trata-se da
ideia de que o importante é aperfeiçoado, não aparece de repente. Do consciente, es-
creve: “provêm uma multidão de enganos [que] fazem com que um animal, um homem,
pereçam mais cedo” (Nietzsche, 1996, p. 48).

  Esta ideia de que aquilo que aparece mais tarde funciona pior porque não teve
tempo para se aperfeiçoar é uma das ideias centrais de Nietzsche, de que já falámos um
pouco. Os instintos do corpo, os velhos instintos do corpo, tão velhos que são comuns a
grande parte dos animais, esses senhores antigos, que por existirem há muito, há muito
se aperfeiçoam, tornam-se, sob este ponto de vista, o centro da inteligência humana.
Os instintos pensam melhor do que a consciência; instintos inteligentes, instintos inte-
lectualmente sensatos, instintos que exibem a racionalidade máxima, a racionalidade
simpli! cada que diz: “não quero morrer"”, ou diz: “pre! ro não morr

drenagem linfática
capsulas de drenagem
cactinea drenagem
drenagem linfatica catinea
  Eis, pois, o pensamento simples, a que chegaram os nossos instintos ao longo
de milénios de aperfeiçoamento – um objectivo: não morrer; e procurar as melhores
maneiras de o conseguir. Tudo o resto é uma inteligência menor.

  Nietzsche torna mais clara esta visão: “Se o laço dos instintos, este laço con-
servador, não fosse de tal modo mais poderoso que a consciência, se não desempe-
nhasse, no seu conjunto, um papel de regulador, a humanidade sucumbiria fatalmente
sob o peso dos seus juízos absurdos, das suas divagações, da sua frivolidade, da sua
credulidade, numa palavra do seu consciente” (Nietzsche, 1996, p. 48).

Por ! m, na quinta parte, dedicada à prática do yoga, são desenvolvidos cinco
temas: kriyâ, yoga para crianças, séries de posturas e séries de
saudações. Esperamos que estas abordagens possam ser uma ajuda para a prática do
yoga convenientemente orientada por professores quali! cados.
  Antes de  terminar a  leitura do  livro,  tem à sua disposição uma bibliogra! a de
extensão e um glossário, ferramentas que o ajudarão a aprofundar e a esclarecer o seu
percurso no yoga. Na bibliogra! a, optámos por colocar um número signi! cativo de obras
em língua francesa e inglesa, no sentido de alargar o acesso ao conhecimento. O glos-
sário foi elaborado considerando-se a abordagem de conceitos que não são centrais no
corpo do livro.

  Por ! m, resta-me a! rmar, em nome de todos aqueles que abraçaram este pro-
jecto, que pensamos que este Manual é mais um passo para tornarmo
tendo como rumo a sua consolidação enquanto prática segura e ao serviço do desen-
volvimento pessoal. O yoga não é esquecimento, o yoga é um caminho que precisa da
nossa dedicação consciente.

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